O nacional, Geraldo Daniel de Oliveira, foi preso nesta quinta-feira (9) pelos crimes de desmatamento e queimadas em uma área, que já havia sido embargada pelo Ibama, no ano de 2019, em São Félix do Xingu, no sul do Pará. A prisão ocorreu durante uma operação coordenada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), deflagrada junto as Policias Militar, Civil e Científica, Corpo de Bombeiros Militar e Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), que tive início na última quarta-feira, 8, pelas frentes aérea, com a utilização de três aeronaves do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) e terrestre.
O objetivo da operação é coibir e combater o desmatamento em áreas de responsabilidade do governo do Estado, e responsabilizar os infratores para que não fiquem impunes, e desta forma evitar novos casos de degradação ambiental. A maioria dos responsáveis pelo desmatamento na APA são oriundos dos Estados de Goiás, de onde Geraldo Daniel de Oliveira (60 anos) veio, Espírito Santo e Tocantins.
Desde o ano de 2019, quando ocorreu a primeira atuação na área, o centro Integrado de Monitoramento Ambiental (CIMAM) nunca deixou de ser feito e ao perceber que, mais uma vez, estava tendo o aumento do desmatamento em áreas vizinhas ao local já identificado como foco do desmatamento, os órgãos de fiscalização e de ostensividade agiram para conter o crime ambiental.
O titular da Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup), Ualame Machado, afirmou que o goiano é o principal responsável pelos números de depredação ambiental no sul do Pará. "Certamente ele é o maior explorador da região'', reiterou o secretário, referindo-se ao sul do Pará. Geraldo foi preso em flagrante dentro da propriedade dele, na zona rural de São Félix do Xingu. No início da noite desta quinta-feira, ele estava sendo conduzido para a Delegacia de Polícia Civil, na área urbana de São Félix, para os procedimentos cabíveis.
"As equipes estão na área para a partir desta sexta-feira, 10, iniciarem a perícia e produzirem um laudo atestando a gravidade do dano assim como a sua extensão", afirmou o titular da Segup.
Postos de gasolinas e propriedades rurais
O secretário disse também que Geraldo está há alguns anos no Pará, inclusive com atividades consideradas lícitas, como postos de combustíveis e algumas propriedades, mas todas serão investigadas.
"Não apenas o dano ambiental, mas possivelmente a questão da formação de quadrilha, associação criminosa, lavagem de dinheiro, tudo aquilo que envolve atividade ilícita, lavagem ou embranquecimento, como se chama desse dinheiro", afirmou o titular da Segup.
O Pará segue um ritmo de redução do desmatamento. Neste mês de maio, a diminuição foi de 53% em terras de responsabilidade do Estado, ao comparar o mesmo mês do ano anterior. Os dados são do sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), pertencente ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A diminuição em áreas de governança do Estado é maior do que a redução alcançada em todo o território paraense, ou seja, somando as áreas estaduais e federais, que atingiu a marca de 49% ao comparar o quinto mês do ano, de 2021 e 2022.
As informações são do Governo do Pará (SECOM)