No início da tarde desta terça-feira, 17, na capital federal Brasília, o prefeito do município de Uruará (PA), Gilson Brandão (MDB), foi recebido em audiência pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino de Castro e Costa, quando foi tratado o assunto Terra Indígena Cachoeira Seca. O prefeito acompanhado de alguns agricultores, apresentou ao ministro uma proposta para o reposicionamento da linha de demarcação da citada reserva, com a linha passando mais próxima ao Rio Iriri e assim possibilitando aos agricultores continuarem produzindo em suas terras onde habitam a várias décadas, sendo muito deles empossados pelo INCRA. Na proposta apresentada o município se comprometia a não mais desmatar na referida área, produzindo apenas onde já houve o desmatamento. A proposta atenderia aos anseios de agricultores dos municípios de Uruará, Altamira e Placas, municípios abrangidos pela reserva indígena, além de ribeirinhos e os próprios povos originários.
Gilson Brandão classificou como excelente a audiência. “Excelente audiência com o Ministro Flávio Dino. Foi proposto pelo Ministro uma conciliação entre as partes interessadas no Caso Cachoeira Seca, no processo que tramita na Justiça Federal em Brasília, de tal forma que atenda o interesse dos agricultores e indígenas. Estamos esperançosos e trabalhando para tentar solucionar esse problema que persiste a décadas”, disse o prefeito em sua página da rede social.
A Terra Indígena Cachoeira Seca é uma área de 734 mil hectares, localizada nas cidades de Altamira, Placas e Uruará, segundo o Instituto Socioambiental (ISA), e que foi homologada em 2016, pela ex presidente Dilma. Cerca de 3 mil famílias de agricultores moram e produzem numa parte da área que foi demarcada como terra indígena, sem haver presença dos povos originários.