O município de Uruará (PA) é o segundo maior produtor de cacau do Brasil, produzindo entre 16 toneladas e 20 toneladas por ano, ficando atrás apenas do município de Medicilândia que produz em torno de 50 toneladas/ano. Como o surgimento dos concursos para premiar as melhores amêndoas e melhor chocolate, alguns poucos produtores dos mais de 2.200 cacauicultores do município, tem se despertado a produzir cacau fino, com qualidade de excelência, e um número contado reduzido, bravamente vem se encorajando a participar dos concursos, colocando a prova as amêndoas produzidas nas suas lavouras. E o destaque para esse pioneirismo em representar Uruará nessas importantes competições de qualidade, o casal Lídia Rosa e Gilmar de Sousa, da chácara Sumaúma e Sítio Boa Esperança, km 130 norte da rodovia Transamazônica, ingressaram no mundo dos concursos e pelo segundo ano consecutivo estiveram na final ao participarem do V Concurso Nacional de Cacau Especial do Brasil 2023, competindo pelas categorias, Mistura e Varietal, concorrendo com 98 amostras de todas as regiões produtoras de cacau do país.
Lídia e Gilmar estiveram presentes na cerimônia de premiação do concurso nacional ocorrida na cidade de Ilhéus (BA), na noite de sexta-feira, 24/11, e a amostra produzida pelo casal em solo uruaraense não levou a premiação, mas ficou entre as dez melhores do país, o que já pode ser considerado um grande feito para a cacauicultura de Uruará
Amêndoas de cacau produzidas pelo casal, Lídia e Gilmar
“Nós ficamos entre as 10 melhores amêndoas do Brasil. Já é o terceiro ano que a gente participa, porém dessa vez a gente não ficou entre as três melhores. Mas por a gente estar participando ficando entre as 10 melhores, para mim já é bem satisfatório. Ano passado a gente ficou em terceiro lugar. Vamos seguir trabalhando para produzir amêndoas melhores e quem sabe no próximo ano a gente consegue trazer o primeiro lugar para o nosso município. Vale destacar a questão da sustentabilidade ambiental. Sabemos que a Amazônia requer esse tipo de prática, porque nós temos que cuidar bem da nossa Amazônia. A qualidade das nossas amêndoas foi classificada como excelente, digna de ficar nos primeiros lugares, mas não foi possível chegar ao primeiro lugar devido a pendência da questão ambiental e sustentabilidade que ainda existe na nossa região. Precisamos resolver essa questão e com a união de todos a gente vai conseguir”, destacou Lídia Rosa.
Em 2022 Lídia Rosa havia conquistado o 3º Lugar na categoria Mistura, quando a cerimônia de entrega da premiação aconteceu em Belém (PA). Veja a matéria clicando AQUI.
Os vencedores do concurso em 2023
Na categoria Varietal o 3º lugar ficou com Marina Oliveira de Ilhéus (BA), o 2º lugar ficou com Leomar Vieira de Medicilândia (PA) e o 1º lugar ficou com Deoclides Pires da Silva, de Jaru (RO).
Na categoria Mistura o 3º lugar foi para João Rios de Novo Repartimento (PA), 2º lugar foi para Francisco Preira Cruz, também do município de Novo repartimento (PA). E o 1º lugar ficou com o produtor, Robson Tomaz, de Nova União (RO).
Sustentabilidade é um dos principais fatores no concurso
Os produtores de cacau tem que estar atentos e produzir cacau de qualidade cada vez maior, respeitando a legislação ambiental e observando as questões da sustentabilidade. A sustentabilidade é um do principais requisitos de nota no concurso nacional.
Assista toda a transmissão do concurso no vídeo abaixo: