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Em Uruará profissionais de saúde finalizam campanha de combate a hanseníase, janeiro roxo

O tratamento é totalmente gratuito

Joabe Reis
Por: Joabe Reis Fonte: Gazeta Real
30/01/2024 às 09h04 Atualizada em 31/01/2024 às 08h50
Em Uruará profissionais de saúde finalizam campanha de combate a hanseníase, janeiro roxo

O mês de janeiro ganhou a cor roxa para alertar e conscientizar a sociedade sobre o combate à hanseníase. A doença, cercada de preconceitos e estigma, é contagiosa, mas, tem controle e tratamento oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Uruará (PA), os profissionais da saúde realizaram durante todo o mês algumas atividades alusivas a essa campanha, como palestras nas unidades de saúde e capacitação de profissionais.

A campanha janeiro roxo está sendo finalizada, mas os cuidados preventivos continuam.

Palestras foram realizadas nas unidades de saúde

A enfermeira Ieda Sueany, coordenadora do programa de prevenção e combate a hanseníase no município de Uruará, enfatiza as ações da campanha e reforça algumas medidas a serem adotadas pela população. “Nessa campanha a gente enfatiza a importância do diagnóstico precoce da hanseníase com intuito de prevenir agravos e a transmissão da doença, porque a hanseníase é uma doença transmissível. E durante todo esse mês foram realizadas palestras nas unidades de saúde e realizamos também capacitação de profissionais. Essa doença não é só uma doença de pele, é uma doença que afeta principalmente os nervos, podendo causar incapacidade, deficiências graves que se chegar a um certo nível de agravo não será possível ser recuperado. A população também deve estar ciente que todas as unidades de saúde tem profissionais capacitados para acolher, receber e orientar o paciente quando for procurar a unidade de saúde" destacou a coordenadora.

O tratamento é totalmente gratuito e em caso de necessidade da realização de exame, também é gratuito sendo realizado no laboratório municipal de Uruará.

Segundo dados levantatos pelo Gazeta Real, atualmente há 18 casos ativos de pessoas submetidas a tratamento da hanseníase no município de Uruará.

Hanseníase no Brasil

Entre 2013 e 2022, 316.182 pessoas tinham o diagnóstico de hanseníase no Brasil. Destes, 254.918 foram casos novos da doença, de acordo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta semana. Quase 53,9% (137.379) dos diagnosticadas tinham entre 30 e 59 anos; 24,6% (62.693), 60 anos ou mais; 15,3% (38.899), entre 15 e 29 anos, e 6,3% (15.947) eram menores de 15 anos. 

Nesses 10 anos, houve um aumento de 30% de casos em idosos (acima de 60 anos) e uma redução de 44% nos casos novos de hanseníase nas crianças e adolescentes menores de 15 anos. 

A hanseníase é uma doença causada por uma bactéria e transmitida por vias aéreas. O desenvolvimento no organismo vai depender da imunidade de cada pessoa. O diagnóstico é dado, normalmente, por um infectologista ou dermatologista. 

Alguns dos sintomas mais marcantes da doença são as manchas na pele e perca ou diminuição de sensibilidade acompanhada de diminuição de força motora.

A contaminação ocorre pelo Mycobacterium leprae e, por atingir os nervos, uma das primeiras sequelas é a perda de sensibilidade da pele. Em muitos casos também há perda ou comprometimento severo dos movimentos que, em casos mais graves, pode levar à amputação.

Neste ano, serão investidos cerca de R$ 55 milhões para a prevenção e o tratamento da hanseníase no Brasil. A maior parte dos recursos, R$ 50 milhões, será repassada diretamente para 955 municípios — classificados como de alta endemia, com mais de 10 casos por 100 mil habitantes. 

A medida faz parte da estratégia do Comitê Interministerial para Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente (Ciedds), do Ministério da Saúde. 

Colaborou com informações para esta matéria o jornalista Cirineu Santos

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