O pré-natal é um acompanhamento médico realizado durante toda a gestação, visando proporcionar assistência tanto para a futura mãe quanto para o bebê.
Nesta fase, a gestante realiza exames para acompanhar o desenvolvimento da criança e saber como está a sua saúde de forma geral.
Esse cuidado contribui com a detecção precoce de doenças maternas e fetais, além de reduzir os riscos durante e após o parto.
A partir do momento que a mulher descobre a gestação, ela deve ser acompanhada por um médico obstetra. Esse acompanhamento é conhecido como pré-natal.
“A gestante deverá procurar a unidade de atenção básica mais próxima da sua residência tão logo que ela descubra ou desconfie que esteja grávida. Preferencialmente até as 12 primeiras semanas de gravidez, ou seja, o mais precoce possível. O objetivo desse acompanhamento de pré-natal é assegurar o desenvolvimento saudável da gestação, permitindo um parto com menores riscos para a mãe e para o bebê”, reforça a enfermeira Ana Paula que atua na saúde pública do município de Uruará.
Durante a gravidez, são realizados diferentes exames a fim de evitar complicações que podem comprometer a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê.
De forma geral, o pré-natal é dividido em três fases, de acordo com os trimestres da gestação. Em cada etapa, são recomendados exames específicos para detectar possíveis doenças ou complicações.
Vale lembrar que o atendimento realizado durante o pré-natal é individualizado, de acordo com a condição clínica da gestante.
· Exames de sangue: o hemograma visa diagnosticar anemia e acompanhar quadros infecciosos. A glicemia de jejum controla o açúcar no sangue e avalia o risco de diabetes gestacional. Além disso, outros exames verificam se a gestante possui algumas doenças, como HIV, rubéola, hepatite B, toxoplasmose e sífilis.
· Exames de ultrassonografia: há diversos tipos de ultrassons que a gestante deve realizar na gravidez. O ultrassom obstétrico transvaginal, por exemplo, deve ser feito nas primeiras semanas para checar os batimentos cardíacos do feto e estimar a idade gestacional.
Já a partir da 11ª até a 13ª semana, é preciso realizar o ultrassom morfológico com translucência nucal, que pode identificar alterações e condições sindrômicas, como a Síndrome de Down.
O ultrassom morfológico é realizado para detalhar o tamanho e os órgãos do bebê. Deve ser feito no primeiro trimestre e após a 20ª semana de gravidez.
Por fim, a ultrassonografia com doppler deve ser realizada a partir da 32ª semana. O objetivo é detalhar a circulação sanguínea, a oxigenação e os batimentos cardíacos.
· Sexagem fetal: o exame consegue identificar, antes do ultrassom, qual será o sexo do bebê por meio de uma coleta de sangue. Busca-se uma fração do DNA fetal e verifica-se a presença ou ausência do cromossomo Y.
Quando ele é encontrado na amostra de sangue significa que o bebê é do sexo masculino. Na sua ausência, trata-se de uma menina. Geralmente, o ideal é realizar o exame de sexagem fetal após a 8ª semana.
· Nipt: trata-se de um teste pré-natal não invasivo, ou seja, um exame simples que avalia o risco de doenças cromossômicas, como a Síndrome de Down.
Recomenda-se que a coleta seja feita a partir da 9ª semana de gestação e em gestantes com mais de 35 anos.
Colaborou com esta matéria o jornalista Cirineu Santos