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Uruará: Seminário debateu sobre prevenção da monilíase do cacau

Evento reuniu produtores, associação comercial, compradores e agentes de ATER

Joabe Reis
Por: Joabe Reis Fonte: Gazeta Real
07/03/2024 às 18h58 Atualizada em 09/03/2024 às 17h39
Uruará: Seminário debateu sobre prevenção da monilíase do cacau

O alerta preventivo sobre a severa doença monilíase que ataca os frutos do cacau com capacidade de dizimar produções de lavouras inteiras foi o tópico de duas palestras ministradas no auditório da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), na cidade de Uruará (PA) na tarde desta quinta-feira, 07/03. O seminário reuniu cerca de 40 espectadores de variados setores da sociedade, como produtores de cacau, compradores de cacau, agentes financeiros, associação comercial e agentes de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) tanto públicos como privados.

Discorreram sobre o tema monilíase do cacaueiro, os palestrantes, Jailson Rocha Brandão, engenheiro agrônomo e auditor fiscal federal agropecuário da Ceplac. E Cássio Polla, engenheiro agropecuário e fiscal estadual agropecuário da Adepará.

Jailson Rocha Brandão sendo entrevistado

"A grande preocupação é que o prejuízo do ponto de vista econômico é incalculável (caso a monilíase chegue ao Pará). E o maior controle para essa praga é a prevenção, e isso foi o objetivo da conversa de hoje aqui, mostrar para segmentos da população, como do comércio do cacau, comércio varejista de Uruará através da associação comercial, cerealistas que compram cacau, as empresas de assistência técnica públicas e privadas, e agentes financeiros. E aqui trouxemos a necessidade de estarmos vigilantes e em alerta, porque é uma praga quarentenária que ainda não tem no estado do Pará e a gente tenta evitar que ela chegue. Mas se ela chegar um dia, que os agricultores estejam preparados para conviver com ela como convive com a podridão pardo e a vassoura de bruxa", pontuou Jailson Brandão.

Fruto do cacau infectado com monilíase 

Segundo publicação do Ministério da Agricultura e Pecuária, a monilíase é uma doença muito grave que ataca os frutos do cacaueiro e do cupuaçuzeiro em qualquer fase de desenvolvimento, podendo causar perdas de até 100% da produção. Causada pelo fungo Moniliophthora roreri, a monilíase está presente todos os países produtores de cacau da América Latina, e no Brasil a doença ainda é considerada quarentenária, apesar de recentes focos da monilíase terem surgidos no Acre e no Amazonas, colocando o Brasil em alerta.

"A monilíase é uma doença que afeta o cacau e também o cupuaçu. Lembrando que é uma doença que trás bastante prejuízo para o cacau, porém ela não está presente no nosso estado. Mas por ser uma doença bem prejudicial a gente já está se adiantando e tomando algumas providências para tentar evitar que ela chegue em nosso estado e na nossa região que é a grande produtora de cacau. E nós estamos orientando os nossos produtores mostrando como que é a doença para que os produtores dique de olho em suas propriedades. E a gente recomenda para as pessoas que venham do Amazonas e do Acre que nao tragam partes vegetais do cacau, como amêndoas, fruto hastes e qualquer parte do cacau ou cupuaçu, bem como espécies silvestres tipo cupuí e cacauí, porque se não você pode eatar trazendo junto a doença monilíase", enfatizou Cássio.

É imprescindível que todos da cadeia produtiva do cacau tenham o conhecimento e a compreensão do risco que essa praga representa e das ações para sua prevenção, contribuindo para as boas práticas de biossegurança. Com procedimentos e ações de todos unidos, pode ser possível eliminar ou minimizar os riscos de entrada da praga no estado do Pará. 

O Seminário desta quinta-feira também contou com a presença do Agente de Atividades agropecuárias da Ceplac/ Mapa, Diemerson Barile.

Veja abaixo o vídeo didático que preparamos sobre o tema ao entrevistar um especialista no assunto:

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