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Linha de pipa enrosca no pescoço e quase mata motociclista em Uruará

O caso aconteceu nesse sábado, 06

Joabe Reis
Por: Joabe Reis Fonte: Gazeta Real
07/07/2024 às 16h36 Atualizada em 08/07/2024 às 08h24
Linha de pipa enrosca no pescoço e quase mata motociclista em Uruará
Imagem da vítima/Foto reprodução-Redes sociais

Um motociclista identificado pelo nome de, Moisés da Silva, acabou ficando gravemente ferido após o mesmo ser atingido no pescoço por uma linha de pipa (papagaio) com cerol, e por muito pouco ele não teve a vida ceifada. Segundo apurou a nossa reportagem, o caso aconteceu nesse sábado, 06/07, no município de Uruará (PA). O motociclista está internado no Hospital Municipal de Uruará.

Ainda de acordo apurou a reportagem, por volta das 13:40h o motociclista havia saído do trabalho, onde é gerente de um posto de combustível no centro da cidade, e seguia pelo perímetro urbano do travessão 180 sul em direção ao Bairro Pimentolândia, quando próximo a ponte que está sendo construída de concreto ele foi atingido pela linha de pipa cortante (de cerol ou chilena). A pipa estaria sendo levantada (empinada) por uma criança pequena.

O corte grave atingiu quase toda a região frontal do pescoço do motociclista.

Também segundo a reportagem apurou, Moisés passou por cirurgia na tarde de sábado e neste domingo, 07/07, permanecia internado no Hospital Municipal de Uruará.

Usar e fabricar linha com cerol, ou linha chilena é crime no Pará

Empinar pipa não é ilegal, é tradicional e pode inclusive ser saudável – basta ter atenção com onde e como se está praticando a brincadeira. A legislação pune somente aqueles que desrespeitam os espaços adequados para a brincadeira ou que utilizam, ou comercializam, o cerol e a linha chilena

Vale destacar que o governador do Pará, Helder Barbalho, sancionou a lei nº 9.597, de 20 de maio de 2022, que proíbe a fabricação, comercialização, e armazenamento de linhas com cerol, bem como sua utilização nas linhas de pipas ou similares. A sanção ocorreu por meio de decreto publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) da  sexta-feira, 27/05/2022.

Os materiais que devem ser proibidos, de acordo com o texto da lei aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), são: cerol, assim entendido como o produto originário de cola, de qualquer espécie, em conjunto com vidro moído ou material cortante de qualquer natureza; linha chilena, que é a linha, fio ou barbante coberto com óxido de alumínio, silício e quartzo moído. Há ainda a linha indonésia, que utiliza uma mistura de cola de ciano acrilato, popularmente conhecida como “super bonder”, e carbeto de silício ou óxido de alumínio.

Além desses materiais citados, a lei proíbe a comercialização e depósito de qualquer outro material cortante capaz de produzir lesões ou ferimentos de corte, provocados por pressão ou deslizamento.

 O infrator ou responsável legal – no caso do envolvimento de menores de 18 anos – ficará sujeito à apreensão do material irregular e multa no valor de 50 Unidade Padrão Fiscal (UPFs-PA), cujo valor individual é de R$ 4,1297. Já o estabelecimento comercial que descumprir a lei será multado em 5.000 UPFs-PA, além de ter sua inscrição estadual cancelada.

A população deve denunciar o uso ilegal do cerol e linha chilena por meio do telefone 190, serviço de emergência da Polícia Militar. A pessoa pode, inclusive, acenar para uma viatura e mostrar o local.

Entenda as diferenças entre as linhas de pipa cortantes:

  • Linha com cerol: é a mais tradicional e usada há muitos anos. É feita com cola e vidro moído.
  • Linha chilena: é feita com linha de algodão, mas tem a mistura do óxido de alumínio e pó de quartzo, que são substâncias mais cortantes.
  • Linha indonésia: é uma linha sintética, de náilon, feita com carbeto de silício e uma cola instantânea, chamada de cianoacrilato.
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