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Menina de 4 anos teve perna amputada após tomar uma injeção no posto de saúde em SC

Uma injeção foi aplicada na perna da criança após a criança se queixar de dor na garganta

10/09/2024 às 17h35 Atualizada em 12/09/2024 às 13h57
Por: Joabe Reis Fonte: Da Redação
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Menina de 4 anos teve perna amputada após tomar uma injeção no posto de saúde em SC

Uma menina de 4 anos precisou amputar a perna esquerda após sofrer um grave problema de circulação sanguínea. A família acredita que o caso esteja relacionado à aplicação de uma injeção. A pequena Melissa foi internada há onze dias após complicações decorrentes de uma injeção aplicada em sua perna esquerda, e acabou perdendo o membro. A trágica situação ocorreu em Três Barras e começou no dia 30 de agosto, quando a menina se queixou de dores de garganta e sua mãe, Veridiane Aparecida Alves de Lima, a levou ao posto de saúde da localidade de São João dos Cavalheiros, onde trabalha como auxiliar de dentista.

Os familiares relatam que os médicos suspeitam que a injeção tenha sido aplicada acidentalmente na veia ou artéria femoral, o que teria causado a complicação.

As informações foram publicadas pelo portal NDMais, que entrevistou a mãe. Ela relatou que no momento não soube qual era o medicamento aplicado, mas certa de que a injeção aliviaria a dor da menina, voltou a deixá-la na casa da babá.

Mas poucos minutos depois, o estado de Melissa piorou. A mãe saiu do trabalho e foi ver a filha, que já apresentava manchas roxas pela perna.

Então levou Melissa novamente ao posto, mas a médica falou que era alergia. Tranquilizada pela profissional, levou a pequena para casa. Porém, quando seu marido, o pedreiro Jucélio Pereira, chegou no fim do dia e viu que a suposta alergia só aumentava, decidiu levar Melissa ao Pronto Atendimento de Três Barras.

Os pais contaram que o médico que atendeu a pequena falou que era “uma simples alergia” e receitou um medicamento antialérgico para ela tomar. Já bastante preocupado, o pai perguntou o tempo de reação do remédio.

“Ele (o médico) falou apenas que é médico e não tem bola de cristal”, contou Odilene Aparecida Monteiro da Silva, madrinha de Melissa.

Os pais da menina estão tão abalados que não conseguiram conversar com a reportagem do NDMais, confiando a Odilene o relato dos fatos.

Sem alternativa, eles voltaram para casa. Como Melissa seguia chorando, o aspecto arroxeado da perna da menina só aumentava e a situação só piorava, no sábado (31), os pais retornaram ao Pronto Atendimento de Três Barras.

Outra médica atendeu a criança e, assustada com a gravidade do caso, encaminhou Melissa de imediato para o Hospital Materno Infantil Jesse Amarante, de Joinville. 

Segundo a família, Melissa teve duas paradas cardíacas no caminho. No hospital, foi feita uma tomografia, que atestou que a circulação da perna da menina estava comprometida e que seu coração e fígado estavam parando.

A família contou que os médicos disseram que provavelmente a injeção foi aplicada na veia ou artéria femoral da menina. Ela foi levada imediatamente para o centro cirúrgico. No sábado mesmo, fez a primeira de uma série de cinco cirurgias.

No domingo (1º), não houve alternativa a não ser amputar a perna da criança. A amputação chega à sua virilha.

“Fizeram quatro cirurgias para tentar manter a perna dela, mas não foi possível. Na quinta cirurgia, os médicos disseram que precisavam evitar trombose, que era a vida dela ou a perna. Entre a vida e a perna, preferimos a vida dela”, disse a madrinha.

Como a menina está agora

Atualmente, Melissa está sob monitoramento constante dos médicos, que tentam evitar que sua perna direita também seja comprometida. Sem histórico de doenças prévias, ela precisa de sessões contínuas de hemodiálise. Os médicos estimam que sua internação deverá durar pelo menos dois meses.

Com origem humilde, a família alugou um apartamento em Joinville para acompanhar o tratamento da criança e criou duas vaquinhas virtuais para arrecadar fundos.

Contraponto e investigações

A prefeitura de Três Barras informou que está investigando o caso e emitirá uma nota oficial assim que a apuração técnica for concluída. A médica responsável pela prescrição da injeção negou ter atendido a criança em uma segunda ocasião.

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