A equipe de plantão na Delegacia de Polícia Civil de Uruará (PA) deu continuidade a operação Falso Tigre que apura infrações penais de exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, associação criminosa, estelionato eletrônico e propaganda enganosa, todos associados ao Jogo do Tigrinho. Nessa quinta-feira, 19 de novembro, a equipe policial deu cumprimento de mandado de busca e apreensão no âmbito da segunda fase da operação, numa residência do Bairro Pimentolândia. O mandado foi expedido pelo juízo da Comarca de Uruará e cumprido na residência de uma mulher irmã da influenciadora digital que havia sido presa na primeira fase da operação, também ocorrida na cidade de Uruará. Durante a operação desta terça-feira a polícia ainda efetuou o sequestro cautelar de bens da moradora da residência, como de um veículo honda civic LXS, ano modelo/fabricação 2006/2007, na cor cinza, além de um quadriciclo rosa de outro investigado.

Por decisão da justiça a influenciadora Joene Coutinho teve prisão preventiva decretada. A prisão foi convertida em prisão domiciliar por tempo indeterminado. A influenciadora agora está em prisão domiciliar sem poder ter acesso as redes sociais. A mesma também não pode se ausentar da comarca de Uruará e está impedida de promover jogos de azar do tipo bets.

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No momento da ação policial a moradora colaborou com os agentes de segurança pública, fornecendo seu aparelho celular sem senha, bem como facultou a entrada no imóvel, sendo feito buscas apenas no seu quarto, tendo ela voluntariamente apresentado documentos para análise pela Autoridade Policial.

No momento do cumprimento do mandado, a moradora afirmou que seu filho, adolescente, estava na rua com o carro alvo da apreensão, mas que entregaria na Delegacia assim que retornasse, o que foi feito pouco tempo depois.

Veículos apreendidos na operação Falso Tigre em Uruará

Em razão da apuração da suposta prática de crime de lavagem de dinheiro, foi questionada a moradora de uma casa humilde do Bairro Pimentolândia, sobre stories de rede social de seu filho adolescente em que aparece conduzindo um veículo de luxo tipo mercedes benz, tendo ela afirmado espontaneamente que era um carro de sua irmã, a influenciadora investigada. O veículo havia sido adquirido recentemente, mas que, segundo ela, estava em nome do sogro.

Segundo apurou a reportagem, quando a equipe policial deixava a residência alvo da operação, foi abordada e questionada na rua pela influenciadora Investigada, a qual passou a reprovar a ação policial afirmando que se tratava de uma perseguição pessoal do delegado de polícia responsável pela operação. A autoridade policial então deu a ela ciência da decisão judicial que decretava sua prisão domiciliar em substituição à prisão preventiva decretada para acautelamento da ordem pública, isso em razão do descumprimento de medida cautelar anteriormente decretada, isto é, vedação de uso de redes sociais, inclusive com referências à investigação em curso, bem como deu ciência ao também investigado de prenome Lee, sobre a decretação de novas medidas cautelares, dentre elas a vedação de divulgação de jogos de azar.

Ainda de acordo apurou esta reportagem, ao receber a cópia da decisão judicial, a influenciadora investigada jogou o documento no chão reafirmando se tratar de perseguição do Delegado de Polícia Civil.

O investigado de prenome Lee cooperou com a equipe policial e voluntariamente entregou, posteriormente, um quadriciclo de cor rosa na Delegacia de Polícia Civil de Uruará, veículo esse que foi apreendido imediatamente. 

O caso segue sobe apuração da Polícia Civil, podendo haver novo desdobramento.

A nossa reportagem tenta contato com a defesa da influenciadora.