A nacional, Lyedja Yasmin, de 19 anos, estudante do terceiro ano do ensino médio, foi presa na última terça-feira, 17/12, após tentar matar uma professora e um colega dentro da Escola Estadual Berilo Wanderley, localizada no bairro Neópolis, zona sul de Natal (RN).
Conhecida por ter um perfil tranquilo e calado, a jovem surpreendeu a comunidade escolar com o atentado.
Estudante presa/Imagem que circula na rede
Antes do ataque, Lyedja deixou uma carta de despedida para a família, afirmando que adquiriu por conta própria todo o armamento usado no crime, sem o conhecimento dos parentes. Em sua mochila, a polícia encontrou três facas, munição, um revólver calibre .38, livros sobre serial killers e o bilhete deixado como despedida.
Durante o ataque, Lyedja tentou disparar todas as munições do tambor, mas apenas um tiro foi efetuado, atingindo de raspão a cabeça de um aluno. Ela também tentou atirar contra uma professora, mas a arma falhou.
Carta de despedida que teria sido escrita por Lyedja/Imagem que circula na rede
Na mensagem deixada na carta, a jovem escreveu que buscava “encontrar a paz” após realizar o atentado, sugerindo que pretendia tirar a própria vida após executar o plano.
As investigações da Polícia Civil apontam que Lyedja planejava atingir alvos escolhidos, mas os disparos acabaram sendo aleatórios. Ela foi autuada por tentativa de homicídio qualificado e conduzida à Central de Flagrantes. Em depoimento, permaneceu em silêncio, acompanhada de advogados.
O estudante atingido, um jovem de 19 anos matriculado no 3º ano do ensino médio, foi socorrido consciente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao Hospital Walfredo Gurgel, na Zona Leste da cidade. O jovem está consciente e não corre risco de vida.
Itens que estavam de posse da jovem/Imagem que circula na rede
Um estudante que estava em uma das sala de aula da escola relatou para o Jornal da Band que a aluna apontou a arma para a professora: “A gente estava na sala prestes a fazer a prova e ela chamou as amigas dela para conversar com ela. Passou um curto tempo de um minuto e a gente só escutou o disparo. A gente não sabia ao certo se era um disparo, a gente pensou que era uma bomba. Ela entrou na sala armada, apontou na cabeça da professora, só que a arma falhou. No que falhou, ela virou as costas para tentar correr, e o menino lá da sala pulou em cima dela e conseguiu apartar ela", falou o aluno que não foi identificado.
A suspeita passará por audiência de custódia. Em nota, a Secretaria de Educação do Rio Grande do Norte lamentou o ocorrido na Escola Estadual Berilo Wanderley.
Veja a nota divulgada pela CNN Brasil.
"A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e do Lazer (SEEC) do Rio Grande do Norte lamenta profundamente o ocorrido na Escola Estadual Berilo Wanderley, onde um estudante foi vítima de um disparo de arma de fogo, na manhã desta terça-feira (17). Imediatamente após a ocorrência, a SEEC acionou as forças de segurança pública, que prontamente atenderam a situação. A pasta está contribuindo com todas as informações necessárias para auxiliar as investigações em curso, conduzidas pelas autoridades competentes, além de prestar todo o apoio necessário à escola".
"A secretaria reforça que a segurança dos estudantes, professores e funcionários é prioridade e que acompanha de perto os desdobramentos deste caso. Expressamos nossa solidariedade à família do estudante atingido e a comunidade escolar. Reiteramos nosso compromisso em colaborar para que as medidas cabíveis sejam tomadas", finalizou a SEEC.
O caso segue sob investigação, e a motivação do crime ainda está sendo apurada pelas autoridades.