Nesta quarta-feira, 25 de dezembro (Natal), a influenciadora Joene Coutinho, da cidade de Uruará (PA), através de seu esposo, o policial militar afastado, Lee Haney, decidiu se manifestar sobre a operação "Falso Tigre" deflagrada pela Polícia Civil contra a mesma no mês de outubro de 2024.

Na manifestação por escrito e em vídeo, Lee Haney, fala sobre as dificuldades que a família vem enfrentando, e fala também em capacidade de trabalho e sustento seriamente comprometidas, por causa dos bens bloqueados.

Veja na íntegra a manifestação enviada ao Gazeta Real pela influenciadora e família através de seu esposo, Lee Haney:

Informativo: A Operação “Falso Tigre” e os Impactos Arbitrários em Nossa Família

Recentemente, fomos surpreendidos com uma operação intitulada “Falso Tigre”, que, sem base concreta, resultou no bloqueio excessivo de bens e contas de nossa família. O uso de suposições como fundamento para medidas cautelares excessivas expôs nossa situação a situações extremamente injustas e prejudiciais.

Prisão Temporária e Medidas Cautelares Arbitrárias

Inicialmente, minha esposa, Joene Coutinho, foi detida sob prisão temporária, mesmo sendo mãe e sendo assegurado por lei que sua prisão deveria ser domiciliar por 5 dias.

Após cumprir todas as medidas cautelares impostas, como não utilizar redes sociais e não sair da cidade sem autorização, sua prisão preventiva foi indevidamente decretada. Esse processo se baseou em informações falsas, sugerindo que ela teria saído da comarca, quando não houve qualquer fundamento para tal alegação.

Bloqueio Excessivo de Bens e Direitos

Além da prisão preventiva, nossos bens e os bens de nossos familiares foram bloqueados arbitrariamente, sem considerar a situação vulnerável em que nos encontramos. Conta poupança com valores abaixo de 40 salários mínimos e minha conta salário, por lei, são consideradas impenhoráveis, mas isso foi ignorado. Como policial militar com uma carreira de mais de dez anos e histórico exemplar, com diversos elogios e medalhas, nossa família tem enfrentado ameaças constantes e uma exposição pública desnecessária e prejudicial.

Informação Sigilosa Extrapolada

Infelizmente, informações sigilosas do processo foram publicadas em uma página local de fofocas, supostamente vazadas pela Polícia Civil. Essas informações foram distorcidas, levando à divulgação de valores excessivos dos bens bloqueados, o que não reflete nossa realidade financeira. Essa exposição indevida causou danos irreparáveis à nossa imagem e integridade.

Dificuldades e Impactos

Com os bens bloqueados e nossa capacidade de trabalho e sustento seriamente comprometida, enfrentamos sérias dificuldades, especialmente com nossos filhos doentes. Nosso direito de trabalhar e prover para nossa família foi completamente obstaculizado, levando-nos a buscar justiça nesse contexto de arbitrariedades.

Conclusão

A Operação “Falso Tigre” mostrou-se desproporcional e baseada em suposições, sem considerar direitos fundamentais, como o devido processo legal e a proteção à privacidade familiar. Exigimos a revisão imediata dessas medidas excessivas e a garantia de que as injustiças sofridas não se repitam.

Veja abaixo o vídeo com a fala de Lee Haney:

A Polícia Civil deflagrou a 1ª Fase da operação Falso Tigre no dia 09 de outubro de 2024, quando a influenciadora foi presa. A segunda fase da operação ocorreu no dia 19 de novembro de 2024, quando foi cumprido mandado de busca e apreensão de veículos. A operação Falso Tigre apura infrações penais de exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, associação criminosa, estelionato eletrônico e propaganda enganosa, todos associados ao Jogo do Tigrinho. 

A Polícia Civil ainda não deu mais detalhes sobre o andamento das investigações.