A ex-vereadora de Uruará (PA), Marivone do Rádio (Francisca Maria Pereira da Silva), de 57 anos, do MDB, está internada em Belém (PA) para ser submetida a uma cirurgia de retirada de nódulo da mama. Marivone está em tratamento contra o câncer de mama desde o início de 2024. A mesma já passou por várias quimioterapias e nesta sexta-feira, 28 de fevereiro, a ex-vereadora está no Hospital Ophir Loyola, para ser submetida ao procedimento cirúrgico. Não será necessário a retirada da mama.
Luta contra o Câncer de Mama
Após ser diagnosticada com câncer de mama a ex-vereadora Marivone do Rádio passou a fazer um forte tratamento e atualmente ela já apresenta um grande avanço no tratamento.
“Jesus tem mostrado isso para mim, Ele tem um propósito em minha vida e tem me dado força para prosseguir. Essa vai ser a nossa luta”, comentou Marivone sobre o problema de saúde.
Marivone não gosta de falar sobre a doença, mas ela tem demostrado reagir bem ao tratamento.
Campanha eleitoral enquanto fazia tratamento
Marivone do Rádio (MDB) esteve como vereadora do município de Uruará de 2021 a 2024 e tentou a reeleição em 2024, quando fez toda a campanha política ao mesmo tempo em que também realizava o tratamento contra o câncer de mama, como as quimioterapias. Mesmo enfrentando o problema de saúde sempre com alto astral, apesar do agressivo tratamento medicamentoso que muitas vezes a deixava enfraquecida fisicamente, ela jamais utilizou a doença para tentar ganhar voto.
Entretanto, mesmo com seus esforços e destacável trabalho na defesa dos mais necessitados durante seu mandato e mesmo com toda a sua luta para encarar de frente o problema e fazer a campanha eleitoral, Marivone obteve o reconhecimento de apenas 479 eleitores a escolheram. Esse número de votos não foi suficiente para a sua reeleição e Marivone do Rádio ficou apenas como suplente, sendo forçada, assim, pela vontade popular, a interromper todo o trabalho social e político em defesa das classes menos favorecidas do município, que ela vinha desenvolvendo com muita dedicação e eficiência.
Atualmente a luta contra o câncer continua e nessa luta Marivone já está sendo vencedora.
Apesar dos dados alarmantes, sua ocorrência é relativamente rara antes dos 35 anos e nem todo tumor é maligno – a maioria dos nódulos detectados na mama é benigna. Além disso, quando diagnosticado e tratado na fase inicial da doença, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%.
No entanto, na fase inicial da doença o tumor pode ser muito pequeno, podendo ter menos de um centímetro de tamanho, nesse caso, a doença só será detectada por um exame de imagem, como a mamografia. Por isso, é importante que a mulher vá ao ginecologista ao menos uma vez por ano e faça seus exames de rotina periodicamente.
A conscientização do câncer de mama e o investimento em novas pesquisas sobre o tema ajudaram a criar diversos avanços no diagnóstico e tratamento da doença. Hoje, o câncer de mama não é mais uma sentença – a taxa de cura é cada vez mais alta e a paciente pode levar sua rotina com qualidade de vida e bem-estar.
· Carcinoma ductal: é o tipo mais comum de câncer de mama, esse tumor se forma no revestimento de um dos ductos mamários, que carregam o leite materno dos lóbulos até o mamilo. Há dois tipos de carcinoma ductal: o carcinoma in situ, que permanece dentro dos ductos como um tumor não invasivo, e o carcinoma ductal invasivo, que pode espalhar-se para outras partes. Ambos os tipos têm a capacidade de desenvolver metástase, se não forem tratados corretamente;
· Carcinoma lobular: é o segundo tipo mais comum de câncer de mama. Também apresenta dois tipos de tumores: o carcinoma lobular invasivo, desenvolvido nos lóbulos mamários, e o carcinoma lobular in situ, tradicionalmente é considerado um marcador de risco para desenvolvimento do câncer de mama, podendo ser um precursor não obrigatório do carcinoma invasivo.
· Tecidos conjuntivos: apesar de raro, em alguns casos o câncer de mama pode começar no tecido conjuntivo, que é composto de músculos, gordura e vasos sanguíneos. Esse tipo pode também ser conhecido como sarcoma, tumor ou angiossarcoma.
· Câncer de mama inflamatório: é um tipo raro de tumor diagnosticado na mama. Apresenta diferentes sintomas, prognósticos e tratamento distinto, pois, na maioria dos casos, seu diagnóstico é realizado de forma tardia;
· Doença de Paget: desenvolvido nos ductos mamários, esse tipo de câncer pode se disseminar para a pele do mamilo e região da aréola. Sua incidência é rara.
· Tumor filoide: extremamente raro, esse tipo é caracterizado pelo surgimento de nódulos duros de tecido em qualquer parte da mama;
· Angiossarcoma: é uma complicação rara do tratamento radioterápico, que raramente ocorre na mama – o desenvolvimento acontece nas células que revestem os vasos sanguíneos ou linfáticos;
· Câncer de mama no homem: mesmo com incidência baixíssima, o desenvolvimento do câncer de mama em homens também é possível.
Após o diagnóstico positivo, é preciso entender em qual estágio o câncer está para iniciar o tratamento mais assertivo e eficaz. Hoje, temos diversas opções de terapias disponíveis no mercado, que se adequam a cada caso e estágio. Para determinar a fase da doença, o oncologista pode solicitar alguns exames complementares, como:
· Exames de sangue, como o hemograma completo;
· Ultrassom das mamas
· Mamograma
· Ressonância magnética;
· Varredura óssea;
· Tomografia computadorizada;
· Tomografia por emissão de pósitrons.
Os estágios do câncer de mama são classificados de 0 a 4, sendo o estágio 0 indicativo de um câncer não invasivo ou in situ e o estágio 4 a forma metastática da doença. Além disso, o estadiamento do câncer de mama também é influenciado pelo grau, presença de marcadores tumorais e fatores de proliferação. É importante que o paciente diagnosticado positivo entenda seu quadro clínico e tire todas as dúvidas com seu especialista. Dessa forma, o tratamento da doença poderá ser feito de forma clara e segura, com confiança e boa comunicação entre médico e paciente.
Prevenção do Câncer de Mama
Apesar de não ter uma prevenção comprovadamente eficaz, há muitas formas de diminuir o risco de desenvolvimento do câncer de mama! E essas atitudes são especialmente importantes para mulheres com certos precedentes, como histórico familiar forte ou alterações genéticas.
Infelizmente, a medicina ainda não evoluiu a ponto de termos uma solução única para a prevenção do câncer de mama, pois alguns fatores de risco não são possíveis de serem controlados, como a questão genética. Mas podemos adotar muitas medidas preventivas – alguns hábitos podem diminuir pela metade as chances de desenvolver a doença.
Em alguns casos em que a mulher tem maior propensão de desenvolver o câncer de mama , geralmente após serem estudados seus fatores genéticos, há a possibilidade de retirada dos tecidos mamários como forma de profilaxia e prevenção.
Chamada de mastectomia preventiva ou dupla mastectomia profilática, essa intervenção médica reduz o risco de desenvolvimento do câncer em aproximadamente 90%.
O câncer de mama diagnosticado na fase inicial tem até 95% de chances de cura. Por isso, é extremamente importante estar em dia com os exames de rotina e, para mulheres acima de 40 anos, fazer a mamografia preventiva anualmente – ela é considerada um dos procedimentos mais eficazes na detecção precoce do câncer de mama.
Alguns estudos indicam que há uma relação entre o câncer de mama e o consumo de grandes quantidades de gordura. De acordo com pesquisadores do assunto, o alto consumo de gordura, principalmente a saturada, está ligado ao aumento do risco de câncer de mama.