Condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção no escândalo investigado pela Operação Lava-Jato, o ex-presidente Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira, 25 de abril, em Maceió (AL).
Destinatário de propinas que chegaram a 20 milhões de reais durante os governos do PT, o ex-senador alagoano foi preso quando se preparava para viajar a Brasília, onde pretendia se entregar.
A prisão de Collor foi determinada por Alexandre de Moraes, nesta quinta, dez anos após VEJA ter revelado, em reportagem exclusiva, a delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, que apresentou as provas de corrupção contra Collor.
Collor foi preso porque todos os recursos apresentados ao Supremo foram rejeitados.
O ex-presidente continuará preso na superintendência da Polícia Federal (PF) em Maceió, capital de Alagoas, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) defina o local para o cumprimento da pena, segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
Segundo apurou a reportagem, o ex-presidente foi preso de maneira discreta e sem alarde.