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Governo investiga novo caso de gripe aviária no Pará e reforça vigilância no país

Brasil soma cinco investigações em andamento; ministro da Agricultura defende regionalização nas exportações e nega impacto nos preços internos

Joabe Reis
Por: Joabe Reis Fonte: Da redação
21/05/2025 às 08h55
Governo investiga novo caso de gripe aviária no Pará e reforça vigilância no país

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou nesta terça-feira (20/5) a abertura de mais uma investigação sobre um caso suspeito de gripe aviária, desta vez em uma criação de subsistência no município de Eldorado dos Carajás, no Pará. Com isso, o Brasil passa a ter cinco apurações ativas envolvendo possíveis focos da doença em diferentes regiões do país.

Além do caso no Pará, duas investigações ocorrem em granjas comerciais — uma em Aguiarnópolis (Tocantins) e outra em Ipumirim (Santa Catarina) —, e outras duas em produções de subsistência, localizadas em Salitre (Ceará) e Estância Velha (Rio Grande do Sul). Na véspera, o Mapa havia descartado três suspeitas que estavam sendo analisadas em Nova Brasilândia (MT), Gracho Cardoso (SE) e Triunfo (RS).

O primeiro foco confirmado em uma granja comercial brasileira ocorreu na semana passada, em Montenegro, na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Outro caso foi identificado em um zoológico em Sapucaia do Sul, também no estado. O material coletado nas áreas de suspeita está sendo analisado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, localizado em Campinas (SP).

Exportações afetadas

Ontem (19), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que os impactos nas exportações dependem dos protocolos específicos estabelecidos entre o Brasil e seus parceiros comerciais. No caso da China e da União Europeia, por exemplo, as regras exigem a paralisação imediata das exportações em nível nacional — medida já adotada pelo governo brasileiro.

Além desses blocos, outros países como México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina também suspenderam a importação de carne de frango do Brasil. Cuba, Bahrein e Reino Unido restringiram a compra apenas ao estado do Rio Grande do Sul, enquanto o Japão — um dos principais compradores — limitou a proibição ao município de Montenegro. Nações como Singapura, Filipinas, Jordânia, Hong Kong, Índia, Paraguai e Vietnã adotaram restrições regionais, dentro de um raio de 10 quilômetros da granja afetada.

“O sistema brasileiro é, sem sombra de dúvida, o melhor sistema mundial de defesa agropecuária. O vírus circula no mundo há 19 anos. É a primeira vez que aparece no Brasil”, afirmou Fávaro a jornalistas, ressaltando o esforço das autoridades em conter a disseminação do vírus H5N1.

O texto foi publicado primeiro por Fernanda Strickland, do Correio Braziliense

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