Uma mãe de 23 anos foi presa em flagrante suspeita de tentar matar a filha de apenas 2 anos e 7 meses, em Santo Antônio do Descoberto, na região do Entorno do Distrito Federal (DF). Segundo a delegada Nathália Luz, responsável pelo caso, o motivo do crime seria o endividamento causado por apostas no 'jogo do tigrinho'.
“Ela relatou que estaria sendo ameaçada por agiotas e decidiu atentar contra a própria vida e contra a vida de sua filha com o intuito de evitar que a criança fosse criada por familiares”, explica a delegada titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Nathália Luz.
De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu na sexta-feira (23 de maio), onde a suspeita deu 15 facadas no tórax e pescoço da própria filha. Após golpear a criança, a mãe tentou suicídio. O nome da mãe não foi divulgado.
Ainda segundo a polícia, após desferir os golpes, a mãe ligou para o pai da criança, de quem ela é separada desde setembro de 2024. O homem foi imediatamente até a casa da ex e conseguiu socorrer a filha. Ele acionou o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (PM).
A criança foi resgatada com vida e encaminhada ao Hospital Regional de Taguatinga, no DF, onde ficou internada. A menina recebeu alta no dia seguinte e está sob os cuidados de familiares do pai, com um bom estado de saúde, segundo a polícia.
Segundo a delegada Nathália Luz, a criança sofreu perfurações no pescoço e no tórax, mas apenas uma delas foi profunda. "Apesar do número de golpes, ela teve alta no sábado (24 de maio) e está fora de perigo", informou a delegada.
A Polícia Civil encontrou, na casa da família, uma faca com marcas de sangue e uma carta de despedida escrita pela autora do crime. No texto, a mulher se despede dos pais, do irmão e de amigos. “O tempo em que tivemos aqui, nós amamos vocês de todo o coração”.
A mãe também foi socorrida e levada ao hospital do município, onde passou por lavagem gástrica. Após o atendimento, foi presa em flagrante por policiais do 52º Batalhão da Polícia Militar. A prisão foi convertida em preventiva após audiência de custódia.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil de Goiás.