A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu o médico Thiago Bitencourt (PL), vereador de Canarana, no sábado, 31 de maio. Ele é suspeito de estupro de vulnerável e armazenamento de imagens de abuso e exploração sexual infantil. O bolsonarista também é investigado por suspeita de abuso contra uma criança de 2 anos.
Bitencourt passou por audiência de custódia no final de semana e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na residência e no consultório de Bitencourt, de 40 anos. Durante a ação, a polícia apreendeu "vasto material relacionado à pedofilia".
Entre os itens apreendidos, estão itens eletrônicos contendo imagens de pornografia envolvendo crianças e adolescentes, que teriam sido produzidos pelo próprio vereador.
Os agentes confiscaram também objetos como roupas e brinquedos infantis e brinquedos sexuais.
As investigações apontam que Bitencourt estava se relacionando com uma adolescente que vinha sendo submetida a prática de escravidão sexual e há "fortes indícios" de que ele usava a menor como instrumento para abusar sexualmente de um bebê de apenas dois anos de idade.
Após a prisão, a polícia conseguiu identificar e localizar outra vítima, atualmente com 15 anos de idade, que teria se relacionado com ele quando tinha 12 anos.
Segundo o delegado de Canarana, Flávio Leonardo Santana, Bitencourt usava sua profissão médico para ter acesso e se aproximar das vítimas, principalmente aquelas em situação de vulnerabilidade.
As diligências continuam com o objetivo de identificar outras possíveis vítimas.
Suspenso do PL
O presidente do PL de Mato Grosso, Ananias Filho, suspendeu cautelarmente a filiação partidária do vereador de Canarana, a 643 km de Cuiabá, Thiago Bitencourt lanhes Barbosa, por prazo indeterminado.
Por meio de uma Resolução Administrativa publicada na página oficial do partido na tarde desta segunda-feira (02.06), o presidente do PL comunicou que Thiago ficará suspenso até o desfecho das investigações e processos judiciais que tramitam em seu desfavor. Ainda de acordo com o documento, o arquivamento do processo, ou sua absolvição, possibilitará a reintegração plena da filiação, hipótese em que está decisão será revista, em caso de confirmação, será procedido processo de expulsão de partido.
"O Estatuto do Partido prevê a possibilidade de aplicação de medidas cautelares internas, inclusive suspensão da filiação, em casos que possam comprometer a integridade institucional da agremiação", diz trecho.
A decisão foi encaminhada ao tesoureiro do partido, para que proceda as devidas comunicações ao sistema da Justiça Eleitoral.
Com informações do portal Terra.